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Longe de ti

Longe de ti

Evandro Calafange de Andrade

 

Quando o sol despertou,

Em uma bela manhã de verão,

Só queria olhar nos teus olhos,

Me esparramar no verdejar da palma da tua mão

Feito criança a brincar no fundo do quintal.

 

Desejei me banhar no orvalho

Do teu corpo nu sobre a relva fria

E mergulhar no rio da tua boca

Em uma coisa louca,

Te amar.

 

Quando a lua majestosa chegou,

Levou-me ao teu aconchego,

Chamego gostoso no balanço da rede,

Corpo a corpo a suar desejo.

 

Só queria parar o tempo

Para que pudéssemos ter mais tempo

De estar e ficar a dois, plenamente,

Envolvidos em nossos abraços

Em laço e desenlaço amoroso.

 

Quem sabe assim pudesse ser infinito,

Mas, nada disso, é finito.

E sigo aqui tão perto, porém

Eternamente longe de ti.